POIS É...
— E aí?
— Aqui.
— Como assim “aqui”?
— Aqui, aqui, ué. Você não perguntou daqui?
— “E aí” é só uma força de expressão. Quero saber como você está.
— Sei...
— Pois é.
— E se pois não fosse? “Pois é” também é uma expressão ridícula. O que quer dizer? Absolutamente nada!!!
— Tudo bem. Vamos deixar de conversa fiada. O que vai rolar hoje? Vamos sair?
— O que rola é bola...
— Será que não vai dar para termos uma conversa, não?
— Que eu saiba estamos conversando. O problema é o tipo de pergunta que você faz.
— Na boa... cansei.
— Naboa é mulher do nabo!
— Péssima essa!
— Tá bom, tá bom, mas pense bem, nossa língua é muito esquisita. Se você trabalhasse em uma loja eu perguntasse, como cliente, se poderia me ajudar o que você responderia?
— Pois não.
— Exatamente. Mas isso não seria o mesmo que negar auxílio. Você não deveria responder “pois sim”?
— Pois sim, quer dizer não. Soa como um “até parece”.
— Não disse?
— Pois é...
quinta-feira, janeiro 30, 2003
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