sexta-feira, outubro 10, 2003

REGRAS

Ah, seguir regras...
Pra quê?
Tenho meu próprio discernimento do que é bom e do que é ruim.

Inventaram leis.
Até onde moramos, estamos sujeitos a regras. Se vivemos em um condomínio, precisamos observar seu regimento interno.
Como se isso tudo não bastasse, ainda existem códigos morais de conduta.
Regras, regras e mais regras!
E o meu discernimento, onde fica?

Antes de mais nada, é preciso lembrar que não vivemos simplesmente, e sim, convivemos.
As regras surgem da necessidade de organizarmos nossa convivência. Harmonizar interesses e amenizar conflitos. Isso parece óbvio, contudo, às vezes, torna-se motivo de revolta.

Quando achamos que temos condição suficiente para avaliarmos sozinhos, o que é certo e o que é errado, nos tornamos prepotentes. Esquecemos de analisar outros pontos de vista, de negociar. As regras surgem como resultado dessas negociações.

Obviamente, questionar as regras é necessário, mas sem revolta, com ponderação. As nossas leis vão evoluindo, à medida que discutimos e o nosso entendimento sobre as coisas avança.

Ninguém nos dita o que fazer. Temos nosso livre-arbítrio. No entanto, todas as nossas ações têm suas conseqüências. Quando as regras do jogo nos são apresentadas, melhor. Mais fácil prever as reações e escolher a melhor alternativa. Mais fácil, também, sugerir novas regras.

E cuidado ao dar um “foda-se” para isso tudo!
Se não levarmos em conta a opinião dos outros expressas em regulamentos, podemos levar na cabeça... E mais, podemos ferir. Além disso, abrimos um precedente para que todos ajam como der na telha. E nem todo mundo sabe conviver, ainda...

E será que temos certeza de que nós sabemos conviver?
É fácil dar razão a nós mesmos...

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