terça-feira, junho 29, 2004

O AMOR DE JULI E ROMEU

A briga - 13ª CENA


MÚSICA: Eyes of the Tiger



Pitbaldo:
MERCÚCIO, SEU PATETA! Onde está o desatinado do Romeu?

Mercúcio:
Pateta não! Se fosse o Mickey tudo bem!! Qual é? Não sei onde está Romeu, mas se quiser pode se ver comigo!

Entra Romeu.

Pitbaldo:
Relaxa aí! Eis que chega meu homem!

Mercúcio:
Teu homem? Hummmm...

Pitbaldo:
Saca a espada, Romeu. Prepara-te!

Romeu:
Não Pitbaldo! Por motivos que desconheces, amo-te! Um dia entenderás. Não brigo com quem amo.

Pitbaldo:
Romeu, tu me amas?

Mercúcio tem um piti.

Mercúcio:
Como assim, Romeu? Amas a Pitbaldo? E Pitbaldo o chamas de meu homem? O que é isso? Ah não! Eu não acredito! Ui! E nossa amizade Romeu? Sempre acreditei em nós... Não, não, não... Ai meu coração... Ai que dor... Ai... Ai...


Mercúcio cai morto no chão. Romeu segura Mercúcio.


Romeu:
Mercúcio! Mataste meu melhor amigo, Capelete!

Pitbaldo:
Mas ele morreu sozinho... Todo mundo viu...


Começa a tocar a música e eles começam a lutar com as espadas. Enquanto lutam conversam.


Romeu:
Apesar de todo amor que tenho por ti, não perdôo o que fizeste!

Pitbaldo:
Romeu! Deveria perdoar! Este rancor que guardas no coração não deveria ser um sentimento estimulado nesse Encontro de Jovens!

Romeu:
Tens razão, oh Pitbaldo! Mas se não matá-lo não teremos como continuar essa história! Você sabe que esse é um momento crucial desta peça!

Pitbaldo:
É verdade! Então, sairei de mansinho e você diz que eu fugi, tá bom? Olhe para o outro lado, Romeu!

Romeu olha para o lado e Pitbaldo sai devagar olhando para trás, se distrai, tropeça na melancia e cai sobre sua própria espada.

Pitbaldo:
AHHH! Espetei-me sem querer na minha espada! AHH!


Pitbaldo cai morto no chão e Romeu sai correndo desesperado.


Julieta fica sabendo da morte do primo - 14ª CENA


Cena começa com a Julieta fazendo suas próprias sobrancelhas. Começa a olhar dentro do nariz e com a com a pinça tira uma caquinha e limpa na sua roupa. A ama entra e olha com cara de nojo.


Julieta:
Ama, que cara feia é essa?

Ama:
De novo a minha cara...

Julieta:
Romeu quer casar de novo comigo? É a mesma cara que fizeste quando isso me contou pela primeira vez!

Ama:
Não Julieta! Acontece que o Romeu subiu no telhado...

Julieta:
Oh! Meu marido morreu?!!! Oh!!

Ama:
Não, não, não! Quer dizer que basta subir no telhado, que alguém morre? Ele não caiu do telhado, ele subiu! Foi consertar uma antena...

Julieta:
Não tô entendennnndo!

Ama:

Bom, seu primo Pitbaldo subiu no telhado...

Julieta:
Entendi, ele foi ajudar o Romeu?!

Ama:
Não, idiota! O Romeu o jogou lá de cima!

Julieta:
Tadinho... Ele se machucou?

Ama:
Ele morreu! Morreu! Cê não entende nada também! Oxe!

Julieta:
Mas como? Morreu só porque caiu do telhado?

Ama:
Eta menininha limitada! Você tem que ler mais Nietzsche, Schoppenhauer, Shakspeare, oh louco! O que eu disse, queridinha, é uma figura de linguagem! Apenas uma figura de linguagem!

Julieta:
Mas morreu ou não morreu?

Ama:
Não, ele virou purpurina... Claro que morreu!


Pausa para Julieta entender.


Julieta:
Oh Romeu! Como pôde matar meu querido primo? Mas eu te perdôo, porque sempre aprendi que devemos perdoar as pessoas. E além disso, eu te amo! Amo mais do que... mais do que...Sei lá amo-te pra caramba! E homem ta difícil hoje em dia. Oh! O que faremos agora?

Sai de cena.


Narrador conta que Romeu foi banido da cidade - 15ª CENA


Narrador:
É pessoal. O sentimento de tristeza paira sob os corações de Julieta e Romeu. Julieta fica sabendo que Romeu havia sido expulso da cidade pelo crime que acreditavam que teria cometido.

Como se não bastasse, vendo a condição em que se encontrava a meiga Julieta, seu pai resolve antecipar o casamento que planejara para sua filha. Teria que se casar com Paulo Henrique Talharim no dia seguinte.

Sai de cena.



Julieta com os pais - 16ª CENA


Voz da mãe:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz fina falada no microfone como se fosse as vozes dos pais da turma do Charlie Brown, de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
Fala sério! Casamento arranjado? Ninguém merece!

Voz da mãe:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz fina falada no microfone de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
O quê?! Ah tá! Até parece! Casar com um talharim? Ô mãe! Tipo assim, prefiro ainda casar-me com um Espaguete! Você sabe, os talharins são chatos! Já o Espaguete é fino...

Voz da mãe:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz fina falada no microfone de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
Ah mãe! Eu não te entendendo? Também! Com essa voz? Como você queria que eu entendesse?

Voz da mãe:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz fina falada no microfone de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
Vai chamar meu pai...

Voz do pai:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz grossa falada no microfone de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
Que voz, hein pai. Depois reclamam que os filhos não ouvem os pais... Não dá pra entender nada que eles dizem. (olhando pra platéia)

Voz do pai:
Blá, blá, blá, blá, blá...
(Voz grossa falada no microfone de um jeito que não se entende nada).

Julieta:
Ah paiê! Eu não quero casar com o Talharim! Ahhh!!!

Julieta começa a chorar compulsivamente.

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