domingo, janeiro 05, 2003

PRAIA BRANCA... DE FUMAÇA

Quem sabe por onde anda o pessoal do Planet Hemp? Quem me conhece sabe como gosto desses caras. Quem diz que uma erva natural não pode te prejudicar deve comer merda, pois é natural e não deve causar nada de mal além de um certo mau hálito. Lembrei do Marcelo D2 e companhia porque estive neste feriado na Praia Branca no Guarujá. Lá só tem "nóia", mas a praia é "tocha". Uma praia que não tem nada a ver com o Guarujá. É bonita e agradável. Curioso foi que a Carol que estava com a gente fez questão de alertar a Fá (minha esposa para quem não sabe) de que rolava muito baseado naquela praia e eu poderia não gostar. Acho que a Carol me enxerga como se fosse um tipo de pai mais novo que seria implicante e conservador. Mal a sabia a Carol que já havia estado naquela praia por duas vezes e havia adorado o lugar. O espanto dela foi maior quando disse que considerava normal fumar maconha (tirei muito sarro dela...). Díficil foi explicar para a Fá porque eu considerava isso normal. Acho que ainda não a convenci. Ela acha que não há nada de normal nisso.

Acho normal porque acho que é comum. Só isso. Não concordo com o uso da maconha e tenho uma posição muito clara sobre isso. Acho que existem inúmeras razões para ser contra, mas isso é assunto para outro post. Quero discutir agora o pensamento mediano, medíocre. O que levaria a maconha a ser algo tão normal? Acho que existem várias razões para alguém experimentar a maconha. A curiosidade e a falta de informação podem ser motivos. Talvez a vontade de estar na moda, na média, na mediocridade seja o maior deles. Não afirmo isso pelo fato de fumar um baseado em si, mas pelo fato de não existir nehum tipo de questionamento mais sério sobre a questão se vale ou não vale a pena fumar a erva. Acho que muitos pensam que seria o mesmo que fumar um cigarro qualquer ou consumir bebida alcóolica (isso também é assunto para outro post). Outros acham que aqueles que são contra não têm idéia do prazer de puxar um fumo. Mas a maioria não pensa seriamente à respeito. Alguns não querem nem pensar. Pensar para quê? Outros acham que são muitos espertos e que pensam bastante, mas na mina opinião, caem na mesmice. Pensam igual aos integrantes do Planet Hemp. Ídolos?!

Dicursos moralistas são ouvidos por aí. Infelizmente, na sua grande mairoria são carregados de preconceito e condemam simplesmente o uso da maconha sem apresentar argumentos consistentes que indiquem os malefícios advindos desse uso. Quem não vê problema no uso da maconha provavelmente percebe todo esse preconceito e, muitos, que preferem pensar a simplesmente aceitar uma condenação ou proibição, acabam dando risada dos frágeis argumentos que são utilizados contra a maconha.

Acredito que os adeptos do baseado não têm má índole ou são simplesmente contrários a regras. Acho que o maior problema é que esses que curtem um baseado não pensam em questionar quem os incita a questionar os discursos moralistas. Não questionam aqueles que pregam a disseminação da uso da maconha. Curtem as letras do Planet Hemp... Questionar discursos moralistas preconceituosos é importante, porém mais importante ainda é questionar quem prega a utilização dessa droga. Muitos se julgam espertos porque acham que vão contra um sistema preconceituoso, mas não percebem seus próprios preconceitos.

Está na hora de buscar mais informação e ter uma visão um pouco mais abrangente sobre o que acontece. Como essas coisas podem nos afetar e prejudicar também quem está ao nosso lado. Faço questão de ressaltar que tento não ser preconceituoso. Tenho amigos que fumam e não tenho nada contra eles. Trato-os da mesma forma que trataria qualquer outro. Se tiver a oportunidade experessarei minhas opiniões à respeito, mas não pretendo ser chato. Cada um sabe o que faz e se não sabe, vai aprender. Vocês já pensaram seriamente a respeito desse assunto? O que vocês acham?

Aguardem novos posts sobre o assunto...

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