QUEM TEM MEDO?
Alguns devem se lembrar de quando escrevi sobre as minhas aventuras em um teco-teco, um Cessna 206. Ultimamente tenho viajado bastante de avião. A empresa que trabalho tem sede em São Paulo, contratou outra empresa em Betim-MG para construir uma linha de transmissão de energia no Pará e no Maranhão e contratou uma consultoria de Brasília. Conclusão: volta e meia estou no viajando para MG, DF, PA e MA.
Ontem estava em Brasília e voltei lá pelas 15:00. Já tenho me acostumado a viajar de avião, mas ontem peguei uma bela de uma turbulência na volta. Mais forte que o normal. A mulher que estava ao meu lado derrubou todo seu guaraná sobre mim. Era engraçado porque era perceptível a preocupação das pessoas. Muitos rezavam disfarçadamente para que estivéssemos logo em terra firme. Quando cheguei reparei que havia chovido muito em São Paulo e que o aeroporto de Congonhas encontrava-se fechado minutos atrás.
Hoje quando cheguei ao escritório encontrei com um amigo que havia voltado de Marabá também no dia anterior. A experiência dele foi diferente. Algo cinematográfico (não faria a menor questão de participar deste filme). Passado algum tempo de vôo, surpresa: máscaras de oxigênio caíram sobre suas cabeças. Isso mesmo! Aquelas máscaras de oxigênio da demonstração das aeromoças. A cabine despressurizou. Meu colega me contou ainda que sentiu cheiro de queimado. Ele disse que disfarçadamente tentou avistar a turbina do avião para verificar se havia algum problema. Acho que ele era o único que tentava disfarçar a preocupação, pois segundo seus comentários o pânico tomou conta dos passageiros. Havia um homem que agarrava umas quatro máscaras de oxigênio e dizia que não funcionavam. Não tenho condição de descrever uma cena que não presenciei (ainda bem...), mas imagino a balbúrdia.
Pois é, as coisas podem ser piores do que pensamos. Eu estava incomodado com uma simples turbulência...
Ah, na semana que vem meu amigo viaja novamente para Marabá. Ele está mais tranqüilo. Considerando probabilidades, a chance de repetição de uma ocorrência dessa com ele é muito mais remota. Eu devo viajar na semana que vem ou na próxima também e ainda não vi máscaras de oxigênio em aviões além daquelas utilizadas para demonstração. Será que isso é bom? A probabilidade de acontecer comigo é maior?
Às vezes ficamos curiosos para saber se, em uma emergência, as famosas máscaras de oxigênio cairiam do teto do avião. Prefiro continuar curioso. Já falaram em testar o airbag do meu carro. Sinceramente, não vejo a menor necessidade...
sexta-feira, janeiro 17, 2003
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